A fantasia é peça fundamental no desenvolvimento das crianças, pois, as permite entender a realidade que as cerca. Com as crianças surdas não é diferente além disso,representa sua integração no mundo das brincadeiras das crianças comuns, sem deficiência. A pedagoga Daniele Nunes Henrique Silva pesquisou o assunto e o publicou no livro Como Brincam as Crianças Surdas, da Editora Plexus. Em seu trabalho, ela ressalta a importância de se conhecer a língua dos sinais para entrar na fantasia com os amiguinhos e se igualar a eles no desenvolvimento intelectual.
Segundo
Daniele “ as crianças surdas adoram brincar muito com situações que as fazem sair da
condição de surdas, como atender telefone e ouvir rádio”.O mundo ouvinte exerce
uma pressão muito grande sobre essas crianças mesmo assim elas buscam entendê-lo.
Brincar é uma das formas utilizadas por elas, ainda segundo Daniele, “as
crianças surdas brincam da mesma forma que as ouvintes sendo a maneira de se
comunicar a única diferença pois,as crianças surdas usam os sinais como palavra.”
Sobre o ensino de LIBRAS salienta “Esse aprendizado deve funcionar igual ao da fala para
a criança ouvinte. Não a ensinamos a falar. No cotidiano, com a convivência com
os pais, suas atividades são marcadas pela fala. Deve ser assim com a criança
surda.”
O
neurologista Oliver Sacks escreveu sobre isso num livro, descrevendo um lugar
nos Estados Unidos, a ilha de Martha's Vineyard, no estado de Massachusetts,
onde a maioria dos habitantes é surda. Ele diz que quando se chega lá você é o
diferente, porque é o ouvinte e todos se comunicam por sinais. E o
desenvolvimento das pessoas é igual ao de qualquer ouvinte. É isso que os pais
de crianças surdas têm de entender, o quanto é importante aprenderem a língua
dos sinais, como se fossem surdos também, para transmiti-la ao filho.
O Lúdico deve entrar como um recurso para a
aprendizagem dos surdos, facilitando a atuação da criança surda na tarefa de
construção de significados, sobre o aprendizado dos conteúdos. As brincadeiras
instigam a criatividade do aluno, proporcionando que o mesmo faça descobertas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Rhakel
ResponderExcluirDe fato o lúdico é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de crianças surdas, uma vez que o mesmo facilita a atuação dessa criança na tarefa de construção de significados, sobre o aprendizado dos conteúdos. As brincadeiras estimulam a criatividade do aluno, proporcionando que o mesmo faça descobertas.
Muito bom esse artigo Rhakel. Penso que a escola, para além dos conteúdos acadêmicos, deve ter espaço para atividades esportivas, de lazer, de artes e de criação, nas quais poderiam conviver crianças com diferentes necessidades, desde que as atividades fossem preparadas e pensadas para isso. Não se trata de inserir a criança surda nas atividades propostas para ouvintes, mas de pensar atividades que possam ser integradoras e significativas para surdos e ouvintes.
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