quarta-feira, 19 de junho de 2013

Efeito da insulina sobre o metabolismo dos carboidratos


Após uma refeição rica em carboidratos, a glicose absorvida pelo sangue provoca a rápida secreção de insulina, a insulina causa rápida captação, armazenamento e utilização da glicose por quase todos os tecidos do organismo, porém especialmente pelos músculos, pelo tecido adiposo e pelo fígado.
Efeito da insulina no sentido de promover o metabolismo da glicose no músculo. Durante a maior parte do dia, o tecido muscular não depende da glicose para sua energia, mais dos ácidos graxos. A principal razão disso é que a membrana do músculo em repouso é apenas ligeiramente permeável à glicose, exceto quando a fibra muscular é estimulada pela insulina. Entre as refeições, a quantidade de insulina secretada é pequena demais para promover a entrada de quantidade significativas de glicose nas células musculares.
Em duas condições, os músculos utilizam grandes quantidades de glicose. Uma delas e durante os períodos de exercício moderado a intenso. Essa utilização de glicose não exige grandes quantidades de insulina, visto que as fibras musculares em atividade, por razões desconhecidas, tornam-se altamente permeáveis à glicose, até mesmo na ausência da insulina, devido ao próprio processo de contração.
A Segunda condição em que o músculo utiliza grandes quantidades de glicose é observada durante o período de algumas horas após as refeições. O nível da glicemia apresenta-se elevado; além disso, o pâncreas secreta grandes quantidades de insulina, e essa insulina adicional é que provoca o rápido transporte de glicose para o interior das células musculares. Essa situação faz com que, neste período de tempo, a célula muscular passe a utilizar preferencialmente os carboidratos em relação aos ácidos graxos, visto que o fluxo de ácidos graxos a partir do tecido adiposo é fortemente inibido pela insulina.
Armazenamento do glicose nos músculos. Quando os músculos não estão em atividade durante o período pós-prandial, e a glicose é transportada em grande quantidades para as células musculares, a maior parte dessa glicose é armazenada sob a forma de glicogênio muscular, em vez de ser utilizada para a produção de energia, até um limite de concentração de cerca de 2%. Posteriormente o glicogênio pode ser utilizado como fonte de energia pelos músculos. Esse glicogênio é especialmente útil para curtos períodos de utilização extrema de energia pelos músculos e até mesmo para outros surtos de energias anaeróbicas durante alguns minutos, pela degradação glicolítica do glicogênio a ácido lático, que pode ocorrer até mesmo na ausência de oxigênio.
A insulina exerce efeito direto sobre a membrana da célula muscular, facilitando o transporte da glicose.
Efeito da insulina no sentido de promover a captação, o armazenamento e a utilização da glicose pelo fígado
Um dos efeitos de maior importância da insulina consiste em promover o armazenamento quase imediato no fígado da maior parte da glicose absorvida após a refeição, sob a forma de glicogênio. Entre as refeições, quando não há disponibilidade de alimentos e o nível de glicemia começar a declinar, o glicogênio hepático é novamente degradado em glicose, que retorna ao sangue para impedir que a glicemia sofra queda para níveis demasiadamente baixos.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-endocrino/sistema-endocrino-10.php

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