Em âmbito educacional, sobretudo nas questões que envolvem
ensino-aprendizagem há a eterna busca por culpados do insucesso. O que
constata-se facilmente na atualidade é que devido a massificação da educação e
o despreparo de muitos professores tem ocorrido, com frequência assustadora,
distúrbios na aprendizagem.
Mas será que o problema é somente por parte dos alunos? Só ele sofre de
distúrbios?
O título desse texto foi inspirado no discurso de Rubem Alves:
"Andando pelas ruas de uma cidade do interior
paulista, encontrei uma clínica de psicopedagogia que anunciava sua
especialidade em “distúrbios da aprendizagem”. Dei-me conta de já ter visto
muitas clínicas com a mesma especialização, mas nenhuma que anunciasse
“distúrbios de ensinagem”. Por acaso, serão só os alunos que sofrem de
distúrbios? Somente eles têm dificuldades em aprender? E os professores? Nenhum
sofre de “distúrbios de ensinagem”? Que preconceito nos leva a atribuir o
problema sempre ao aluno? Que providências terapêuticas tomar quando o
perturbado é o professor? Mas que psicólogo terá coragem para passar-lhe esse
diagnóstico? É mais fácil culpar o aluno (Rubem Alves, Sociedade Palavra
Viva)."
A educadora Rosa
Costa publicou um artigo na Revista Construir Notícias de Julho/Agosto de 2013
com o tema:
A importância e o
desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil: O conto e o
reconto
No presente artigo a autora pontua a importância do
trabalho de contacão de histórias para desenvolvimento de habilidades
referentes à leitura e escrita, tal prática, segundo a educadora " favorece, aguça e ativa o conhecimento da criança por meio do
imaginário, do criar e recriar, do conte outra vez. Faz a criança apropriar-se
de um mundo mágico, com grandes possibilidades de viagem pelo mundo do
encantamento, proporciona abertura de portas, permitindo um desenvolvimento
linguístico a partir do enriquecimento do seu vocabulário, além de todo um
contexto que envolve a reprodução da literatura ou contação de história
vivenciada. A contação de história também traz a possibilidade de
contextualizar o conteúdo escolar de uma forma interdisciplinar, lúdica e
prazerosa, oportunizando um momento pedagógico por um processo de
ensino-aprendizagem."
Trabalhar o conto e o reconto também é uma
forma eficaz de resgatar o brincar, fundamental para o desenvolvimento
infantil. Assim desenvolvendo atividade prazerosa terão maior interesse em
aprender e potencializarão a fixação dos conteúdos.
Quando confrontados com projetos
simples de execução de práticas milenares percebemos que tudo que a educação
precisa é de um melhor preparo do professor alfabetizador.
Caso houvesse um melhor preparo ao
professor alfabetizador, com certeza, não haveria a quantidade que existe de
analfabetos funcionais, como tem acontecido.
Confiram a reportagem na íntegra no link:
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=2070
Referências
COSTA, R.A
importância e o desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil:o
conto e o reconto.Construir Notícias.São
Paulo.n.17,p.36-39.jul/ago.2013
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