segunda-feira, 28 de abril de 2014

" Distúrbios de ensinagem"


Em âmbito educacional, sobretudo nas questões que envolvem ensino-aprendizagem  há a eterna busca por culpados do insucesso. O que constata-se facilmente na atualidade é que devido a massificação da educação e o despreparo de muitos professores tem ocorrido, com frequência assustadora, distúrbios na aprendizagem.
Mas será que o problema é somente por parte dos alunos? Só ele sofre de distúrbios?
O título desse texto foi inspirado no discurso de Rubem Alves:

"Andando pelas ruas de uma cidade do interior paulista, encontrei uma clínica de psicopedagogia que anunciava sua especialidade em “distúrbios da aprendizagem”. Dei-me conta de já ter visto muitas clínicas com a mesma especialização, mas nenhuma que anunciasse “distúrbios de ensinagem”. Por acaso, serão só os alunos que sofrem de distúrbios? Somente eles têm dificuldades em aprender? E os professores? Nenhum sofre de “distúrbios de ensinagem”? Que preconceito nos leva a atribuir o problema sempre ao aluno? Que providências terapêuticas tomar quando o perturbado é o professor? Mas que psicólogo terá coragem para passar-lhe esse diagnóstico? É mais fácil culpar o aluno (Rubem Alves, Sociedade Palavra Viva)."

A educadora Rosa Costa publicou um artigo na Revista Construir Notícias de Julho/Agosto de 2013 com o tema: 
A importância e o desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil: O conto e o reconto 

No presente artigo a autora pontua  a importância do trabalho de contacão de histórias para desenvolvimento de habilidades referentes à leitura e escrita, tal prática, segundo a educadora " favorece, aguça e ativa o conhecimento da criança por meio do imaginário, do criar e recriar, do conte outra vez. Faz a criança apropriar-se de um mundo mágico, com grandes possibilidades de viagem pelo mundo do encantamento, proporciona abertura de portas, permitindo um desenvolvimento linguístico a partir do enriquecimento do seu vocabulário, além de todo um contexto que envolve a reprodução da literatura ou contação de história vivenciada. A contação de história também traz a possibilidade de contextualizar o conteúdo escolar de uma forma interdisciplinar, lúdica e prazerosa, oportunizando um momento pedagógico por um processo de ensino-aprendizagem."

Trabalhar o conto e o reconto também é uma forma eficaz de resgatar o brincar, fundamental para o desenvolvimento infantil. Assim desenvolvendo atividade prazerosa terão maior interesse em aprender e potencializarão a fixação dos conteúdos.
 Quando confrontados com projetos simples de execução de práticas milenares percebemos que tudo que a educação precisa é de um melhor preparo do professor alfabetizador.
Caso houvesse um melhor preparo ao professor alfabetizador, com certeza, não haveria a quantidade que existe de analfabetos funcionais, como tem acontecido. 
Confiram a reportagem na íntegra no link:
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=2070

 Referências
COSTA, R.A importância e o desafio da contação de histórias no desenvolvimento infantil:o conto e o reconto.Construir Notícias.São Paulo.n.17,p.36-39.jul/ago.2013




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